quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Dom José Eudes é nosso novo bispo!

Milhares de fiéis vindos de dezenas de Paróquias de 34 municípios da Diocese de Leopoldina, que conta com 62 padres, acompanharam na tarde de hoje, às 16 horas, a Posse Oficial do novo Bispo, o Dom José Eudes Campos do Nascimento, de 46 anos de idade. Nossa reportagem foi a Leopoldina e acompanhou a solenidade de posse que passou pela Catedral de São Sebastião e em seguida deu continuidade no Ginásio Esportivo de um colégio ao lado da Catedral. Antes da posse, conversamos com Dom José Eudes, que nos recebeu gentilmente quando saia de sua casa para a solenidade. Ele disse que tinha ótimas expectativas em sua nova caminhada. Ao chegar no Ginásio, após uma procissão com dezenas de padres e bispos, inclusive com os dois que foram os mais recentes bispos da Diocese, Dom Dario e Dom Célio, o novo Bispo, foi recebido conforme manda a tradição, com muitas palmas, um momento de alegria e emoção para os presentes e para Dom José Eudes que entrou cantando. Logo depois de lido o Termo de Posse, começou a Santa Missa, a primeira do novo Bispo Diocese de Leopoldina. A posse foi dada pelo Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira. O orador do evento foi o padre muriaeense, Waldemar Tadeu. 
Reportagem/Fotos/Vídeo: Silvan Alves.  - www.silvanalves.com.br







A ecologia exterior e a ecologia interior. Francisco, uma síntese feliz

“São Francisco fundou um novo humanismo, uma síntese feliz entre a ecologia exterior (cuidado para com todos os seres) e a ecologia interior (ternura, amor, compaixão e veneração). Ele que é novo, nós somos velhos, mesmo tendo vivido mais de 800 anos antes de nós”, afirma o teólogo Leonardo Boff, em entrevista por e-mail à IHU On-Line.
Por: IHU Online


Renomado teólogo brasileiro,
 Leonardo Boff foi um dos criadores da Teologia da Libertação. Ele é professor de Ética, Filosofia da Religião e Ecologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. É autor de mais de 60 livros nas áreas de teologia, espiritualidade, filosofia, antropologia e mística, entre os quais citamos Ecologia: grito da terra, grito dos pobres (São Paulo: Ática, 1990); São Francisco de Assis. Ternura e vigor (8. ed. Petrópolis: Vozes, 2000);Ética da vida (Rio de Janeiro: Sextante, 2006); e Virtudes para outro mundo possível II: convivência, respeito e tolerância (Petrópolis: Vozes, 2006). Boff escreveu um depoimento sobre as razões que ainda lhe motivam a ser cristão, publicado na edição especial de Natal da IHU On-Line, número 209, de 18 de dezembro de 2006, e concedeu uma entrevista sobre a Teologia da Libertação na IHU On-Line número 214, de 2 de abril de 2007. 
IHU On-Line - Como São Francisco pode ser entendido nos dias atuais? Qual é a sua maior contribuição para a humanidade em crise, depredada pelo domínio da razão e do individualismo?
Leonardo Boff - São Francisco tem muitas facetas. Ele redescobriu a humanidade pobre de Jesus encarnada nos mais pobres dos pobres que eram os hansenianos (leprosos) com quem foi viver. Inventou o presépio. Fundou uma ordem religiosa itinerante, pois os frades iam pelos caminhos evangelizando na língua vernácula do local e não em latim. Foi o primeiro a ganhar licença de celebrar a missa fora, no campo e nas praças, desde que houvesse a pedra d’ara (um pedaço de pedra contendo uma relíquia de santo). Mas, fundamentalmente, ficou memorável por seu amor cósmico. Depois de séculos em que o Cristianismo se encerrara nos conventos e se concentrara nas palavras sagradas, Francisco descobre Deus na natureza. Ela não é mais paganizada, cheia de divindades, nas fontes, nas montanhas e nas árvores. Ela é o grande sacramento de Deus. Até Francisco, o cristianismo vivia a dimensão vertical: todos são filhos e filhas de Deus. Com ele, começou a se viver a dimensão horizontal: se todos são filhos e filhas, então todos são irmãos e irmãs. Não apenas os humanos, mas cada ser da criação. Com enternecimento chamava com o doce nome de irmão ou irmã a estrela mais distante, o passarinho na rama, o sol, a lua e a lesma do caminho. Esta atitude é, hoje, considerada da maior relevância, pois encerra uma dimensão perdida em nossa cultura que se coloca por em cima da natureza, dominando-a e esquece que todos estamos juntos, ao pé um do outro e formamos a grande comunidade de vida. São Francisco fundou um novo humanismo, uma síntese feliz entre a ecologia exterior (cuidado para com todos os seres) e a ecologia interior (ternura, amor, compaixão e veneração).
IHU On-Line - A Oração da Paz é atribuída a São Francisco, mesmo tendo sido provado que ela não é de autoria do santo. O que ela diz à nossa sociedade atual?
Leonardo Boff - A Oração da Paz é urdida com pedaços de frases dos escritos de São Francisco e totalmente dentro de seu espírito. Ela encerra o segredo da paz possível. Há que ser realista, pois a condição humana, pessoal e social, é feita pelo simbólico e pelo diabólico. Em nosso mundo, há luz e há trevas, há amor e há ódio, há desunião e união. Esta situação é permanente e é sempre dada. Por isso, de certa forma é insuperável. Nem por isso a paz é impossível. Ela pode ser construída. Qual é a estratégia de São Francisco? É enfatizar a dimensão de luz mais que a dimensão de trevas, dar hegemonia ao amor sobre o ódio, faz prevalecer a união à desavença e confiar na vitória da vida sobre a morte. Ao fazer isso, não recalca a dimensão sombria, mas impede que ela ganhe corpo e domine nossa vida. O efeito final é a paz possível. Esta se torna mais segura se for buscada à luz da paz que só Deus pode dar. Cada um pode ser instrumento desta paz divina que fortalece nossas buscas pela paz humana.
IHU On-Line - Quais são as características mais marcantes de Francisco e Clara? Em um de seus livros sobre o santo, o senhor destaca seu vigor e ternura. Como isso aparece na personalidade de São Francisco e como essa personalidade era encarada na Igreja de sua época?
Leonardo Boff - São Francisco representa um dos arquétipos da plena realização humana. Esta é construída a partir de duas forças que constroem nossa identidade que é a dimensão de anima e a dimensão de animus. Com estes termos introduzidos por C. G. Jung , queremos expressar que cada pessoa, homem ou mulher, possui a dimensão de racionalidade, objetividade, de projeto, de determinação na superação de obstáculos, de vontade de ser e de poder (animus). Ao mesmo tempo, tanto no homem quanto na mulher há a dimensão do afeto, da subjetividade, do cuidado, da intuição e da espiritualidade (anima). Eu traduzo estas dimensões como a convivência e integração do vigor com a ternura. Francisco viveu esta integração em sua relação de grande amor com Clara de Assis, exemplo raro na história do cristianismo de como dois seres puros e evangélicos podiam se amar de verdade, sem perder o sentido maior de sua consagração a Deus. Se olharmos a história humana, percebemos que emergem figuras que, de forma exemplar, viveram a ternura e o vigor como Jesus, como Francisco de Assis, Gandhi , Dom Hélder Câmara , João XXIII  e, de certa forma, também o Papa João Paulo II . Pelo fato de Francisco realizar estas dimensões de forma seminal, tornou-se uma pessoa livre, podia conviver dentro de uma Igreja de poder sob o Papa Inocêncio III , o Papa mais poderoso de toda a história da Igreja, e simultaneamente andar pelos caminhos de braços dados com um leproso, anunciando a alegria de Deus que é Pai e amoroso e que fazia de cada coisa o sacramento de sua aparição. Esta síntese, assim tão terna e fraterna, nunca mais foi vivida no cristianismo. Mas ele permanece como referência de um cristianismo despojado, alegre, reconciliado com as sombras e confraternizado com todos os seres.

IHU On-Line - Como entender a atualidade de São Francisco? Por que sua eterna busca pela bondade cativa tantos homens e mulheres?
Leonardo Boff - Em São Francisco, tudo é simples e direto. Não há nenhuma sofisticação nem segundas intenções. Nele, aparece o ser humano em sua inocência original, perdida na história por mil interesses individualistas e pela fome de poder, pela busca de cargos e status social e de acumulação de riqueza. Ele mostrou que ser pobre voluntariamente é muito mais que não ter nada, mas a continuada vontade de dar, de mais uma vez dar e de se despojar de todo interesse para poder comungar diretamente com as coisas e as pessoas, sem mediações que se interponham a essa vontade de estar junto e de sentir o coração do outro. No fundo, o ser humano sonha com um mundo no qual reine tal inocência, onde todos possam se sentir filhos e filhas da alegria e não seres condenados a viver no vale de lágrimas. 
IHU On-Line - O Papa Bento XVI destaca a importância de São Francisco como homem da Igreja. Como o senhor vê o santo e qual sua opinião sobre a definição do Papa? 
Leonardo Boff - O Papa é um saudosista e possui uma concepção de Igreja da tradição medieval, superada pela própria Igreja posterior. Ele vê a Igreja como um fim em si mesma e como condição necessária para a salvação da humanidade. Esquece que o Salvador não é a Igreja, mas Jesus que veio para todos, que ilumina cada pessoa que vem a este mundo e que, no fundo, é o Cristo cósmico da teologia de S. Paulo, quer dizer, aquele que redime não apenas a humanidade, mas toda a criação. Se há uma coisa que não define São Francisco é exatamente entendê-lo como homem de Igreja. Ele foi um homem do evangelho vivido “sine glossa”, quer dizer, sem as interpretações dos teólogos que praticamente sempre o emasculam ou o mediocrizam. Por isso, sua regra começa: “A regra e a vida dos frades menores é esta: seguir o santo evangelho de Nosso Senhor Jesus em obediência, pobreza e castidade”. Sabe-se, pela pesquisa histórica, que Roma condicionou a aprovação da regra com o acréscimo “sob a obediência ao Papa Honório e seus sucessores”. Mas Francisco queria que o Espírito Santo fosse o Geral da Ordem e não alguém nomeado pelos frades e aprovado pelos Papas. O que o Papa Ratzinger afirma vai contra todo o espírito de São Francisco. E mais: se enquadra dentro do eclesiocentrismo de sua teologia que no fundo é uma espécie de fundamentalismo, uma patologia religiosa.
IHU On-Line - Em que sentido São Francisco transformava as sombras de sua vida em luz? O senhor teria exemplos concretos da vida do santo que podem elucidar esse ponto? 
Leonardo Boff - São Francisco assumia tudo como vindo das mãos de Deus, pois se sentia na palma da mão de Deus. Chamava a tudo de irmão e de irmã. Não apenas as coisas ridentes, mas também as sombrias e dolorosas. Chama as doenças de irmãs doenças. A própria morte é chamada de irmã morte. O curioso nele é que fazia das próprias fragilidades humanas e dos pecados caminhos para chegar a Deus pela via da humildade, da compaixão e da total entrega à misericórdia divina. Sentia-se “miserável vermezinho, pútrido, fétido, mesquinho, miserável e vil”. Seguramente era fétido, pois andava com o mesmo burel todo esburacado e sujo pelos poeirentos caminhos do vale de Rieti e da Umbria. Mas assumia a dimensão de sombras de forma jovial, pois nada, nem o pecado nem a morte, o afastava da íntima comunhão com Deus. Esse tipo de piedade é importante para um cristianismo libertador, pois ajuda os fiéis a superarem o moralismo e o farisaísmo. Assim como somos, pecadores e maus, seremos acolhidos e perdoados por Deus. Pois é essa a novidade do evangelho. Se fossemos tão bons e santos, não precisaríamos do Redentor, nem de seu sangue nem de sua morte. Mas Deus é o Deus da ovelha tresmalhada, do filho pródigo e da moeda perdida. Confiar que apesar destas sombras não saímos da esfera de Deus é libertar a vida para a jovialidade dos filhos e filhas de Deus, é ter descoberto o evangelho como expressão do amor incondicional e do rosto misericordioso de Deus. São Francisco viveu este tipo de experiência religiosa de forma intuitiva, sem reflexão teológica, como algo evidente para quem se orienta pela mensagem do Jesus histórico.
CÂNTICO DAS CRIATURAS
Altíssimo, 
Onipotente, 
Bom Senhor! 
Teus são o louvor, a glória, a honra e toda a bênção. 
Louvado sejas, meu Senhor, 
com todas as tuas criaturas, 
especialmente o senhor irmão Sol, que clareia o dia 
e que com sua luz nos ilumina. 
Ele é belo e radiante, com grande esplendor 
de ti, Altíssimo, é a imagem. 
Louvado sejas, meu Senhor, 
pela irmã Lua e pelas estrelas, 
que no céu formaste, claras, preciosas e belas. 
Louvado sejas, meu Senhor, 
pelo irmão vento, pelo ar e pelas nuvens, 
pelo sereno e todo tempo 
com que dás sustento às tuas criaturas. 
Louvado sejas, meu Senhor, 
pela irmã água, útil e humilde, preciosa e casta. 
Louvado sejas, meu Senhor, 
pelo irmão fogo, pelo qual iluminas a noite. 
Ele é belo e alegre, vigoroso e forte. 
Louvado sejas, meu Senhor, 
por nossa irmã, a mãe terra, 
que nos sustenta e governa, 
produz frutos diversos, flores e ervas. 
Louvado sejas, meu Senhor, 
pelos que perdoam, pelo teu amor, 
e suportam as enfermidades e as tribulações. 
Louvado sejas, meu Senhor, 
por nossa irmã, a morte corporal, 
de quem homem algum pode escapar. 
Louvai todos e bendizei ao meu Senhor, 
dai-lhe graças e servi-o com grande humildade.

sábado, 11 de agosto de 2012

Viva Santa Clara de Assis!!!



Hoje é dia de Santa Clara, neste ano comemora-se os oitocentos anos de sua consagração ao Senhor, ou seja, há oitocentos anos atrás, Clara decidiu ser pobre como nosso Pai Seráfico São Francisco, devotando sua vida à oração e castidade, observando o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. E se quiserem saber mais sobre está extraordinária santa entre no nosso blog: www.franciscanosparacadadia.blogspot.com

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Para onde vai o catolicismo no Brasil



 


Maria Clara Lucchetti Bingemer
Teóloga, professora e decana do Centro de Teologia e Ciências Humanas da PUC-Rio



Os dados do Censo de 2010 sobre Religião foram divulgados. Os resultados são no mínimo surpreendentes, e talvez chocantes para muitos. O panorama religioso brasileiro segue uma tendência que já se vinha revelando nos últimos anos. Porém, tudo indica que esta tendência vá se mantendo e aprofundando. As mudanças no cenário global se fazem mais radicais e fortes.

A diminuição das igrejas históricas é o que mais salta à vista.

Perdendo terreno aceleradamente para as igrejas de corte mais pentecostal, essas igrejas experimentam uma evasão ainda mais importante de seus fiéis. No entanto, é diferente a situação do protestantismo histórico e do catolicismo. Enquanto o protestantismo histórico, devido à sua própria pluralidade interna, diminui ainda mais, o caso do catolicismo salta mais à vista pelo volume que representa dentro do cenário religioso nacional.

Tradicionalmente considerado o maior país católico do mundo, o Brasil perde por dia mais de 400 fiéis, o que faz o catolicismo cair proporcionalmente da faixa dos 70% anteriormente obtida no censo de 2000 para pouco mais de 60% em 2010. Isso impacta não apenas na proporcionalidade de católicos, mas igualmente nos números absolutos do catolicismo. A massa católica que se autoassume como tal reduz drasticamente, sobretudo nas grandes cidades, sendo campeão o Rio de Janeiro, antiga corte e capital da República.

Seria apressado e superficial fazer uma análise mais aprofundada agora desta situação. Os dados ainda são muito recentes e falta tempo hábil para uma visão mais exata. Parece claro, no entanto, que essa mobilidade religiosa não é privilégio do catolicismo, apesar do destaque maior que ele merece no panorama nacional. A Igreja Universal também conheceu expressiva queda, assim como outros grupos religiosos, entre os quais os afro-brasileiros.

Ao mesmo tempo, prosseguiu sua discreta mas constante subida o grupo dos que se declaram sem religião. Já em 2000 havíamos refletido e constatado que esses não seriam necessariamente sem Deus, mas pessoas que, embora fazendo a experiência da fé e da sede pelo transcendente, experimentavam uma profunda incompatibilidade com a instituição, suas normas e formulações, e como tal situavam-se com sua busca e sua sede fora da religião institucionalizada.

Creio que a evasão do catolicismo institucional aliada a este dado do crescimento dos sem religião revelam uma tendência não desprezível, embora não tão aparente num primeiro olhar.

Acrescente-se a isso a queda de fenômenos religiosos recentes como a Universal e temos uma visão que nos faz suspeitar que as mais recentes propostas religiosas que adentraram o campo religioso brasileiro podem ter muita capacidade de sedução e atração dos fiéis, mas estão longe de conseguir retê-los em suas fileiras de maneira mais permanente e estável.

Em outras palavras, o êxodo que se constata nas fileiras católicas e cristas históricos acontece igualmente, embora talvez em menor proporção, em outras denominações, mesmo nas pentecostais, que parecem crescer mais, mas que igualmente sofrem de inestancável trânsito e migração no interior de si mesmas.

Em todo caso, é fato que o catolicismo vai perdendo fiéis. As causas e consequência desse fenômeno devem, sem dúvida, preocupar hierarquia e lideranças da Igreja Católica. Não se desdenha um êxodo dessas proporções justamente no momento em que se faz um esforço pastoral considerável em nível continental como o que vem sendo feito depois da Conferência de Aparecida, em 2007, com vistas a uma missão continental.

Parece-nos, no entanto, que quem ganha nesta disputa pelos membros e fiéis não são tanto as religiões evangélicas quanto a secularização, que avança inexorável, empurrada pelo processo de urbanização e globalização crescente que acontece em nosso país. A questão neste momento é saber, ou cogitar "melhor dito”, quem está mais preparado e em mais favoráveis condições de lidar com esse fenômeno.

Humildemente, parece-nos que as igrejas históricas e entre elas o catolicismo têm aí mais chance. A face secular, embora não secularista do cristianismo histórico, tem larga e respeitável tradição. E o Concilio Vaticano II reafirmou a necessidade de dialogar com o século e as realidades terrestres. Enquanto estamos celebrando na Igreja Católica os 50 anos do grande acontecimento do Concilio, que justamente trazia como uma das questões primordiais abrir e facilitar o diálogo da Igreja com a secularidade, os dados do censo são uma interpelação e um desafio.

Oxalá nós, católicos, não nos debrucemos sobre eles em tom de perplexidade inativa, lamentação e nostalgia. A partir do censo que retrata e mapeia a realidade, o Evangelho de Jesus nos interpela. E

parece que nos aponta o caminho de redescoberta de nossa verdadeira vocação de fermento na assa e pequeno e fiel rebanho. Vocação essa que andou um tanto perdida e desorientada em meio aos aparentes triunfos dos períodos de cristandade. Tomara que tenhamos humildade, fidelidade e ardor suficiente para procurar responder à altura o desafio que nos é proposto. Amém!

[Maria Clara Bingemer é autora de "A Argila e o espírito - ensaios sobre ética, mística e poética" (Ed. Garamond), entre outros livros.
Copyright 2012 – MARIA CLARA LUCCHETTI BINGEMER – Não é permitida a reprodução deste artigo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização. Contato – MHPAL – Agência Literária (mhpal@terra.com.br)].

Fonte: www.adital.com.br

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Festa do Corpo e Sangue de Cristo

Na quinta-feira, 07, a Paróquia de Nossa Senhora do Rosário e a Paróquia Santo Antônio, celebraram a festa de Corpus Christi. Com grande solenidade, uma grande multidão celebrou o Corpo e o Sangue de Cristo com missa e procissão. Em Rosário da Limeira, dezenas de Ministros da Eucaristia deram início ao seu Ministério. Foi uma festa muito bonita!









terça-feira, 5 de junho de 2012

Patronos da Jornada Mundial da Juventude 2013



No último dia 27 de maio, a equipe de articulação e divulgação da JMJ Rio2013 divulgou os patronos e intercessores deste encontro mundial dos jovens com o Papa, que acontecerá na cidade do Rio de Janeiro.
Segundo a própria comissão, os patronos escolhidos, estão intimamente ligados à história do Brasil e seus exemplos de vida podem ser seguidos pelos jovens. No site da JMJ, a saber: www.rio2013.com, se lê:
“Os patronos são os pais espirituais dos jovens, lhes ensinam, como verdadeiros pais e mestres, os caminhos para a santidade. Foram escolhidos por estarem intimamente ligados ao espírito da JMJ Rio2013. Dentre estes estão também representantes da nação. O tema missionário inspira o pedido por proteção e entusiasmo para enfrentar os desafios da evangelização nos dias atuais. Oração e ação são dimensões inseparáveis dos discípulos-missionários de Jesus Cristo”.
Sendo assim, eis os patronos: Nossa Senhora Aparecida - padroeira do Brasil; São Sebastião – patrono da cidade do Rio de Janeiro; Santa Terezinha – padroeira das missões; Beato João Paulo II – idealizador das jornadas mundiais da juventude; e, o nosso santo franciscano Santo Antônio de Santana Galvão, frei Galvão – primeiro santo brasileiro.
A notícia da escolha de frei Galvão como um dos patronos nos alegrou a todos como família franciscana do Brasil, haja vista que a história deste país está intimamente ligada com a história dos franciscanos nestas terras. Vale lembrar que a primeira missa rezada na Ilha de Vera Cruz foi celebrada pelo frade franciscano Frei Henrique de Coimbra e que o nosso citado frei Galvão foi ordenado presbítero na cidade do Rio de Janeiro.
Nós, franciscanos de todo o Brasil, estamos nos preparando ativamente para esta jornada, e agora podemos contar com a intercessão deste grande homem, grande santo, arauto da paz e da caridade.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Dia Mundial do Meio Ambiente


No final de semana, 02 e 03 de junho, comemoramos, por antecipação, o Dia Mundial do Meio Ambiente. Como temos realizado em todos os anos, aconteceu, na manhã do sábado,  a Caminhada Ecológica com a participação de muitos jovens e pessoas de todas as idades; um belo passeio, com vários momentos de reflexão e confraternização.
No domingo, logo cedo, celebramos a Eucaristia na Quadra da Escola Municipal e, logo a seguir, deu-se início à tradicional Cavalgada, com a participação de muitos cavaleiros e amazonas.
Nota-se, claramente, que tem crescido, a cada ano, a participação dos moradores de Rosário da Limeira neste evento, bem como o fortalecimento de uma mentalidade de preservação do ambiente em que vivemos, principalmente em relação aos resíduos sólidos e à preservação da Mata Atlântica.


















quarta-feira, 30 de maio de 2012

Fé e Política

Dentro de nosso Projeto de Formação Política, foi realizado o segundo encontro de 2012 na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, como o tema "Participação Popular". Uma equipe de Betim assessorou o encontro, explanando acerca das diversas formar do cidadão participar na vida política da sociedades.
Boas discussões não faltaram e alguns encaminhamentos para a continuidade do projeto foram efetuados.
O encontro contou com a participação de lideranças de nossas comunidades, de vários prováveis candidatos às próximas eleições e do prefeito municipal.
Um próximo encontro de formação será realizado nos dias 07 e 08 de julho para os candidatos á próxima eleição.

"Inspira-nos a palavra do papa Bento XVI ao afirmar que a sociedade justa, sonhada por todos,  'deve ser realizada pela política' (Deus Caritas Est 28). Participar do processo político-eleitoral, impulsionado pela fé, é tornar presente a ação do Espírito, que aponta o caminho a partir dos sinais dos tempo e inspira os que se comprometem com a construção da justiça e da paz" ( Mensagem da CNBB, 20 de abril de 2012).




Projeto Ecológico com Adolescentes

Nós, Franciscanos de Santa Maria dos Anjos, juntamente com a Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, estamos desenvolvendo um Projeto de Formação e Ação no campo da Ecologia. O Projeto chamado " Ação e Conhecimento em prol da Vida e da Fraternidade na Serra do Brigadeiro", tem financiamento do Fundo Diocesano de Solidariedade.
Tal projeto consiste em trabalhos de formação e ação em prol da natureza com os adolescentes da Perseverança de várias comunidades de nossa Paróquia. Cerca de 60 adolescentes estão envolvidos no projeto que teve, na última sexta-feira, dia 25, um encontro de conclusão do primeiro módulo do Projeto. O tema abordado foi "Água". Os adolescentes apresentaram experiências e propostas de ação em defesa de nossas nascentes e do bem cuidar da água. Um rico e belo encontro!










Homenagens a Maria

Vamos chegando ao final do mês de Maio. Um mês repleto de homenagens à Virgem Maria. Nossas paróquias estiveram muito envolvidas com as comemorações marianas: belas celebrações, coroações, barraquinhas e leilões.
Para abrilhantar ainda mais nossas festividades, tivemos a passagem da Padroeira de nossa Diocese pelas duas paróquias: Imaculado Coração de Maria. Estamos comemorando os 70 anos da Diocese de Leopoldina.
Viva Nossa Senhora!